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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em quase 100 anos pouco ou nada mudou

"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.A injustiça, Senhores, desanima o trabalh...o, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa (1914)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mudando o passado

Bibliografia: Rodrigo Constantino é formado em Economia pela PUC-RJ, e tem MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no setor financeiro desde 1997. É autor de cinco livros: "Prisioneiros da Liberdade", "Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT"", "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand" ,"Uma Luz na Escuridão" e "Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca". Escreve artigos para diversos sites, assim como para a revista Voto, e para o caderno Eu&Investimentos do jornal Valor Econômico. É colunista do jornal O Globo. É membro-fundador do Instituto Millenium, diretor do Instituto Liberal, membro do Conselho Consultivo do Instituto Federalista e membro do Conselho de Administração do Instituto Mises Brasil. Foi o vencedor do Prêmio Libertas em 2009, no XXII Fórum da Liberdade.

O presidente Lula chamou novamente de “tentativa de golpe” o escândalo do “mensalão” de 2005. Seu discurso está afinado com o de José Dirceu, principal réu no processo, acusado de “chefe de quadrilha” pelo então procurador-geral da República. A impunidade completa do alto escalão do poder já não é suficiente para os petistas. Eles querem mais! Eles querem não só a impunidade, como também o direito de reescrever a história, de mudar o passado e apagar os fatos da memória dos brasileiros.

Em “1984”, George Orwell retratou com perfeição esta tática autoritária. O “Ministério da Verdade” ficava responsável pela seleção de quais fatos permanecem registrados, e quais serão apagados ou alterados. A distopia orwelliana apenas registrava o que efetivamente ocorria nas nações comunistas. O sonho de muitos petistas é o mesmo: censurar a imprensa, usando o eufemismo “controle social”, justamente para filtrar os fatos históricos. Não basta estar blindado pela impunidade; é preciso monopolizar as versões dos acontecimentos e dominar a alma de todos!

Em seu conto “O Relato do Jardineiro-Chefe”, Tchékhov lamenta o grau de impunidade em seu país: “Nos últimos tempos, na Rússia andam inocentando com excessiva freqüência os malfeitores, justificando tudo com estados mórbidos e afetivos, e no entanto essas sentenças absolutórias representam evidente indulgência e conivência e não conduzem a nada de bom. Elas desmoralizam as massas, o senso de justiça embotou-se em todos, já que se acostumaram a ver o vício impune; e, sabe, do nosso tempo pode-se tranquilamente dizer com as palavras de Shakespeare: ‘No nosso século perverso e devasso, até a virtude tem de pedir perdão ao vício’”.

Nem na Rússia do século XIX, nem na Inglaterra do século XVII; é no Brasil do século XXI que esta pouca-vergonha atingiu patamares impensáveis. E o principal responsável por isso atende pelo nome Luís Inácio Lula da Silva.

PS: Quem quiser refrescar a memória com os fatos, que ainda não foram apagados pelos conselhos (soviets) estatais, recomendo a leitura do livro “O Chefe”, de Ivo Patarra, que relata dia a dia o escândalo do “mensalão”.

Nero e seu discípulos

Na Roma antiga, um dos imperadores chamava-se Nero. É a respeito desta história e da sua relação com os dias de hoje que irei descrever um pouco.
“Nascido com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Cneu Domício Enobarbo e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto. Ascendeu ao trono após a morte do seu tio Cláudio, que o nomeara o seu sucessor.
Durante o seu governo, focou-se, maiormente na diplomacia e o comércio, e tentou aumentar o capital cultural do Império. Ordenou a construção de diversos teatros e promoveu os jogos e provas atléticas. Diplomática e militarmente o seu reinado caracterizou-se pelo sucesso contra o Império Parto, a repressão da revolta dos britânicos (6061) e uma melhora das relações com Grécia. Em 68 ocorreu um golpe de estado de vários governadores, após o qual, aparentemente, foi forçado a suicidar-se. 
O reinado de Nero é associado habitualmente à tirania e à extravagância. É recordado por uma série de execuções sistemáticas, incluindo a da sua própria mãe e o seu meio-irmão Britânico, e, sobretudo pela crença generalizada de que, enquanto Roma ardia, ele estaria compondo com a sua lira, além de ser um implacável perseguidor dos cristãos. Estas opiniões são baseadas primariamente nos escritos dos historiadores Tácito, Suetônio e Dião Cássio. Poucas das fontes antigas que sobreviveram o descrevem dum modo favorável, embora haja algumas que relatam a sua enorme popularidade entre o povo romano, sobretudo no Oriente. 
A fiabilidade das fontes que relatam os tirânicos atos de Nero é atualmente controversa. “Separar a realidade da ficção, em relação às fontes antigas, pode resultar impossível.” Fonte: Wikipedia
Não obstante termos vários exemplos, em diferentes proporções, de outros “Neros” ao longo da nossa história a situação não muda. Quem nunca ouviu falar do grande incêndio de Roma?
Situação esta, semelhante à vivida em nosso município no dias de hoje. Senão, vejamos bem. O 18º GB instalado em Barueri atende de Cajamar a Juquitiba. Em algumas cidades ao longo desta área de atendimento foram instalados postos de bombeiros com uma infra-estrutura que atenda àquela região. Na cidade de Santana de Parnaíba também deveria existir um posto de bombeiros. Então porque não existe?
Novamente vamos ter que remontar a dias passados e a gestões municipais passadas para explicar este estapafúrdio. Em 1998, eleito prefeito de Santana de Parnaíba pela primeira vez, o Exmo. Sr. Prefeito assinou com o Estado de São Paulo um convênio para a execução dos serviços de bombeiros. Este convênio tem a validade de 15 anos e se encerra em 2013. Ele pode ser renovado, é claro. Mas sinceramente quem acredita em renovar algo que sequer foi cumprido ao longo destes 12 anos, desde a assinatura do documento. A desculpa no momento é que a prefeitura não tem dinheiro para construir este posto. Oras, se o grupo de políticos é o mesmo há 14 anos, se o atual prefeito está em seu terceiro mandato efetivo como é que não conseguiram em 12 anos angariar fundos para construir um posto de bombeiros?
Pasmem! Existem empresas particulares interessadas em construir o posto sem qualquer ônus para a prefeitura. Existem também empresas interessadas em pintar, mobiliar e deixar o posto em condições de uso, sem qualquer ônus para a prefeitura. Gente será que eu fui suficientemente claro? SEM QUALQUER ÔNUS PARA A PREFEITURA.

Portanto as desculpas, como sempre, são esfarrapadas.

Para deixar a situação um pouco mais confusa o prefeito juntamente com alguns de seus secretários (ou seria melhor chamá-los de sectários?) fazem reuniões escondidas com o Comandante do 18º GB mostrando plantas baixas do posto, discutindo a respeito de como viabilizar não só a construção como a manutenção deste posto. Meu Deus! A construção do posto não seria um problema se o Exmo. baixasse sua soberba e aceitasse que as empresas particulares interessadas fizessem aquilo que estão dispostas a fazer. Existe, porém o outro lado, a manutenção. Um posto de bombeiros, nos moldes proposto pelo 18º GB similar ao já construído em Cajamar, composto de um carro Auto-Bomba, uma unidade de Resgate e um veículo de serviço, com uma guarnição de aproximadamente 32 homens custaria em torno de R$ 720.000,00 (Setecentos e vinte mil Reais) por ano.
Vou tentar destrinchar mais este “imbróglio”. As viaturas mais caras, Auto-Bomba e unidade de Resgate, serão doadas pelo Estado. Leia-se Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Resta ainda o custo de manutenção. É aí que a coisa fica mais difícil. Difícil do ponto de vista de quem quer ter o direito de meter a mão em todo e qualquer dinheiro do município sem ter que dar satisfações a respeito de sua destinação. Não estou aqui dizendo que o dinheiro arrecadado é mal usado ou usado de forma desonesta. Longe de mim tal afirmação.
Acontece que pelo regulamento interno do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo o município precisa aprovar uma lei específica que crie um fundo municipal para a manutenção do posto de bombeiros. Esta lei precisa: 1) Dar destinação específica dos valores arrecadados somente para a utilização do CB, 2) Este dinheiro teria que ser depositado em conta totalmente separada das contas existentes da prefeitura e 3) Teria que ser criado, através desta lei, um comitê gestor para fiscalizar a utilização correta do dinheiro. Normalmente este comitê é composto de uma pessoa do Ministério Público, o Comandante do GB da região, um membro da prefeitura indicado pelo poder executivo e um membro da sociedade civil. Caso a lei apresentada pelos vereadores não contemple todos estes aspectos o Corpo de Bombeiros não se compromete a ocupar o posto.
Acredito que tenhamos chegado ao cerne da questão. Hoje todo o dinheiro arrecadado é gasto conforme desejos e desígnios do poder municipal. Isso não poderia ocorrer com o fundo de manutenção do posto do Corpo de Bombeiros.
Várias entidades civis vêm se mobilizando para a construção de um posto do CB em nosso município. Todas elas são motivo de escárnio por parte de uma pessoa despreparada para lidar com o munícipe.
No dia 14 de Novembro p.p., aniversário de Santana de Parnaíba, foi feita uma homenagem ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal. Ao chegar à tribuna para discursar o que menos se viu foram homenagens à cidade que ele representa. Falou de si, dos seus feitos, da sua maravilhosa gestão ao longo destes 14 anos. Falou mal daqueles que se impunham entre a sua vontade e os desejos eventualmente apresentados pelos munícipes. Criticou entidades civis representativas da municipalidade e também de órgãos estaduais de segurança pública.
Acho que está na hora de fazermos algo. Não é mais possível continuar sob o jugo de pessoas centralizadoras, despreparadas e que já demonstraram que não tem condições sérias de realizar um trabalho para o qual foram eleitos.

Até a próxima!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O PÉSSIMO estado das ruas do Pq Vila Rica

http://www.youtube.com/watch?v=vt6lZqyiKZI

Os moradores continuam reclamando e a prefeitura alegando que as reclamações não são procedentes. Imagens falam por sim. Até quando vamos aturar atitudes negligentes com os munícipes por parte da prefeitura deste município?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Das capitanias hereditárias aos dias de hoje

Na curta história do nosso país aprendemos que quando os descobridores chegaram ao Brasil e resolveram tomar posse da terra descoberta criaram o que se costumou chamar de Capitanias Hereditárias. O tempo passou, o Brasil deixou de ser um pedaço de terra de um país colonizador e obteve a sua independência de Portugal. Entretanto, mesmo tendo sido declarada a independência e mais tarde a República, alguns recantos do país ainda viviam como na época da colônia, da escravidão. O tempo se passou, alguns presidentes foram eleitos, algumas vilas tornaram-se cidades e foi decidido que o Rio de Janeiro seria a Capital Federal pós-republicana. 
Observando-se mais de perto alguns recantos do nosso país na década de 1960 ainda se percebiam resquícios desta colonização portuguesa e da maneira de pensar dos senhores de engenho. As pessoas eram obrigadas a seguir as regras e a forma de pensar, os desejos dos senhores da maior parte das terras. Os cidadãos, embora livres adquiriam seus bens de consumo nos mesmos armazéns dos antigos senhores de engenho, até por falta de opção. Quando se deu o direito ao voto, eles também eram obrigados a votar nos candidatos indicados pelos donos da maioria das terras na região. Ainda hoje, este fenômeno acontece. 
Difícil foi acreditar que tão próximo a São Paulo, capital do maior estado produtor, aquele mesmo estado que ainda detém a maior parcela do PIB brasileiro, isso aconteça em 2010. Pois bem! Ainda hoje, em 2010, na época das eleições é o prefeito, substituto do alcaide nomeado por Portugal, é quem indica em quem o povo deve votar. Aliás, não só isso! É o prefeito quem decide se o cidadão faz parte da comunidade e pode freqüentá-la sem problemas ou se terá que enfrentar a prefeitura e suas ações, no sentido de eliminar toda e qualquer "oposição" que se faça contra as decisões do executivo municipal. Quem não reza pela cartilha do prefeito e não lambe suas botas não é digno de pertencer à sociedade dos homens justos. Pelo menos é o que o grupo auto-intitulado G10 pensa.
Esquece-se o prefeito que ele não é mais o dono das terras e das decisões. Engana-se se pensa que esta cidade, este município, é a sua Capitania Hereditária. Ele tem prazo de validade! Dentro de pouco tempo, menos do que já se passou, as urnas dirão quem irá assumir o novo posto de prefeito municipal. Com toda certeza, aqueles que tiverem um mínimo de lucidez e independência, não irão mais depositar seus votos em alguém que os trata de mentirosos. As pessoas, Exmo. Sr. Prefeito, têm o direito a ter opiniões diferentes da sua. Os munícipes não são todos obrigados a concordar com a sua opinião, seja ela política, seja religiosa ou qualquer outra. Lembre-se que o Exmo. já teve uma maioria esmagadora de votos em eleições passadas e que na última, realizada em 2008, ganhou com uma margem que pode ser considerada ridícula por alguém que já tinha sido prefeito por 2 vezes e depois disso Deputado Federal. Da maneira desrespeitosa com o Exmo. trata a população do município, achando-se ainda senhor de engenho ou alcaide do colonizador, seu fim será triste! O senhor estaria fadado ao esquecimento não fosse o painel que ostenta sua figura no hall de entrada da Câmara Municipal.
É assim que os blogs escritos por este cidadão brasileiro, apto a votar, em dia com TODAS as suas obrigações, se iniciam.
Com toda certeza alguns estão se perguntando: "Mas de que lugar, cidade, estará este cidadão falando?" Pois bem, estou falando de Santana de Parnaíba, São Paulo, Berço dos Bandeirantes, uma cidade histórica, a pouco mais de 20 Km do centro de São Paulo. É exatamente aqui, nesta cidade, que estes blogs se iniciam para mostrar um pouco do que se passa no "interior".
Até o próximo!